Um disco rompido significa uma dilaceração ou rompimento
das lâminas do ânulo fibroso através do qual o núcleo pulposo gelatinoso faz
extrusão.Esta condição ocorre com maior freqüência nas porções posteriores dos
discos, particularmente na porção lombar das costas, onde o disco pode
deslocar-se ou escorregar.Uma hérnia de disco causa dor grave e intensa na
região dorsal inferior e nas
extremidades porque o deslocamento do disco comprime os nervos espinhais
inferiores.
Quando há uma herniação medial, envolve a medula
espinhal diretamente, pode haver pouca ou nenhuma dor, ou dor na distribuição
radicular bilateral. Sendo que, em muitas vezes, as dores são sentidas em local
distantes da herniação do disco.
A hérnia de disco surge como resultado de
diversos pequenos traumas na coluna que vão, com o passar do tempo, lesando as
estruturas do disco intervertebral, ou pode acontecer como conseqüência de um
trauma severo sobre a coluna. A hérnia de disco surge quando o núcleo do disco intervertebral
migra de seu local, no centro do disco para a periferia, em direção ao canal
medular ou nos espaços por onde saem as raízes nervosas, levando à compressão
das raízes nervosas.
Um disco é uma estrutura
colocada entre duas vértebras. O disco possui uma área central gelatinosa
(núcleo pulposo) circundada por um anel, que mantém esse núcleo no seu
interior. O núcleo gelatinoso funciona como um amortecedor. Devido a fatores
como seu envelhecimento (degeneração), o anel às vezes se rompe e permite a
saída de parte do núcleo. Esse material gelatinoso comprime a raiz nervosa e
provoca os sintomas de uma hérnia (de disco).
Existem, normalmente, 31 pares de raízes nervosas que saem da coluna e se distribuem para todo o corpo. O maior nervo do corpo humano (nervo ciático) é formado por cinco dessas raízes. Quando uma delas é comprimida pela hérnia, ocorre dor e outros sintomas.
A maioria das hérnias ocorre na região lombar (perto da cintura), mas também existem hérnias da região torácica e cervical (pescoço).
Sintomas
A hérnia de disco pode ser assintomática ou, então, provocar dor de intensidade leve, moderada ou tão forte que chega a ser incapacitante.
Os sintomas são diversos e estão associados à área em que foi comprimida a raiz nervosa. Os mais comuns são: parestesia (formigamento) com ou sem dor; dor na coluna; na coluna e na perna (e/ou coxa); apenas na perna ou na coxa; na coluna e no braço; apenas no braço.
Prevalência
A hérnia de disco acomete mais as pessoas entre 30 e 50 anos, o que não quer dizer que crianças, jovens e idosos estejam livres dela. Estudos radiológicos mostram que depois dos 50 anos, 30% da população mundial apresentam alguma forma assintomática desse tipo de afecção na coluna.
Diagnóstico
O diagnóstico pode ser feito clinicamente, levando em conta as características dos sintomas e o resultado do exame neurológico. Exames como RX, tomografia e ressonância magnética ajudam a determinar o tamanho da lesão e em que exata região da coluna está localizada.
Tratamentos comuns
Segundo o ortopedista Renato Ueta, não há cura para o problema. "A hérnia de disco é um processo degenerativo. Os tratamentos feitos visam retirar os sintomas do paciente, porém a hérnia continua lá", diz o ortopedista. Na maioria das vezes, a hérnia de disco é tratada com medicamentos para reduzir a dor.
Outros procedimentos são a fisioterapia postural e manipulativa, hidroterapia e eletrotermoterapia. Porém, casos mais sérios necessitam de cirurgia. "Recorremos à cirurgia quando não há melhoria dos sintomas com os tratamentos medicamentosos e com a fisioterapia. O objetivo da intervenção cirúrgica é realizar a descompressão do nervo, que é feita a partir da retirada de um pedaço do osso que fica atrás do disco alterado", explica o ortopedista. Mas, como todo processo cirúrgico, ele provoca chateações e preocupações nos pacientes, por causa dos riscos de lesão neurológica ou de uma infecção.
Outros procedimentos são a fisioterapia postural e manipulativa, hidroterapia e eletrotermoterapia. Porém, casos mais sérios necessitam de cirurgia. "Recorremos à cirurgia quando não há melhoria dos sintomas com os tratamentos medicamentosos e com a fisioterapia. O objetivo da intervenção cirúrgica é realizar a descompressão do nervo, que é feita a partir da retirada de um pedaço do osso que fica atrás do disco alterado", explica o ortopedista. Mas, como todo processo cirúrgico, ele provoca chateações e preocupações nos pacientes, por causa dos riscos de lesão neurológica ou de uma infecção.
Figura 1- Anatomia básica da coluna vertebral
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